Hipátia foi história, tudo isso merece ser lembrado e estudado. Hipácia lutou por suas crenças e embora não tenha vencido em seu tempo, no nosso ela o fez. Ela era conhecida como professora, filósofa e astrônoma, além de uma mulher corajosa, lutadora e lúcida. Ela foi uma das primeiras matemáticas da história, considerada pioneira das mulheres na ciência. Mas como diz o ditado: “A curiosidade matou o gato”.
Para conhecer sua história, porém, é preciso viajar muitos anos atrás, embarcar em uma máquina do tempo para chegar ao antigo Egito onde os gregos dominaram a cidade das pirâmides e faraós. Ao mesmo tempo em que uma nova religião avançava sem recuar, sem temer nada: o cristianismo.
Os fiéis do paganismo, porém, sentiam a nova religião como uma ameaça e as ruas nada mais eram do que lugares para travar grandes batalhas por um lado ou por outro. Mesmo assim, em meio a todo aquele caos que isso acarretava, uma jovem de cabelos castanhos como café, investigava noite e dia tentando responder a todas as suas perguntas, e formulando novas aos antigos filósofos.
As pequenas batalhas acabaram virando grandes guerras, e os feridos foram mortos, e no meio disso Hipátia observou, no meio disso ela comentou, no meio disso ela agiu. Mas no esplendor máximo do cristianismo, as mulheres tinham que calar, obedecer e sorrir. Ela não fazia nada disso, reclamava das injustiças, não obedecia se não fosse preciso, e sorria quando queria, não quando lhe impunham. Suas palavras, doces e sábias, agradaram a todos; mulheres, homens, crianças... ninguém ficou indiferente aos seus discursos.
À medida que sua popularidade aumentava e suas palavras ressoavam com mais força, ela foi acusada de ser uma bruxa. E como sempre aconteceu na história, quiseram queimá-la na fogueira.
Um dia, no ano 450, ela foi assassinada por uma multidão de cristãos. Eles queriam silenciar uma mente brilhante, escondê-la. Eles queriam matar uma mulher, mas o que eles não sabiam é que para cada geração futura nasceriam mulheres com mais voz.
Por @afroditemhm